A idade avançada por si só não define fragilidade.
Fragilidade pode ser definida como uma síndrome relacionada a idade de declínio fisiológico, caracterizado e marcado pela vulnerabilidade para eventos adversos da saúde do indivíduo.
Idoso frágil apresenta uma carga importante de sintomas, dentre eles, fraqueza e fadiga, perda de peso, diminuição da capacidade de fazer suas tarefas cotidianas e dificuldade de andar. É uma síndrome complexa que leva o indivíduo a ter uma redução da tolerância e adaptação a eventos estressores, como doenças agudas, intervenção cirúrgica ou trauma, quando comparados a indivíduos robustos (sem fragilidade). Além disso, aumenta o risco para quedas, hospitalização, institucionalização, delirium, perda funcional e morte.
E o que leva ao desenvolvimento da Síndrome de Fragilidade?
Cada vez mais surgem evidências que o desequilíbrio da resposta dos sistemas, incluindo imunológico e endócrino. Este desequilíbrio é causado por alterações moleculares, genéticas, exposição crônica a fatores ambientais e nas doenças crônicas pré-existentes. A sarcopenia, ou seja, perda de massa e força muscular, é o componente chave da fragilidade!
Existem ferramentas que nos auxiliam a identificar a fragilidade no idoso. Para manejar esse quadro podemos utilizar algumas estratégias. Temos a prática de exercícios físicos, a fim de melhorar a mobilidade, funcionalidade, deambulação, reduzir risco de quedas, melhorar a densidade óssea e o bem estar do idoso. A suplementação nutricional também é muito importante, visando oferta adequada de calorias e proteínas. A terapia ocupacional, para ajudar aquele paciente com perda funcional.
Outras estratégias extremamente úteis são a revisão das medicações de uso contínuo, não submeter esse indivíduo a intervenções desnecessárias e os cuidados paliativos!
A condução da fragilidade requer conhecimento do profissional sobre o processo do envelhecimento e saber individualizar, visando respeitar os limites de cada paciente!